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Em uma palavra: incrível. Acredito que seja uma ótima maneira de inciar falando sobre este livro, estou imensamente arrependida de não ter iniciado a leitura antes. Acredito que seria ainda mais impactante se fosse nos meus primeiros anos de leitora assídua, até por estar ainda mais conectada com a fala infanto-juvenil que a Anne apresenta em sua escrita, mas isso está longe de ser uma crítica à obra, só pra deixar claro.
Apesar de ser apenas uma menininha de 13 anos quando tudo se inicia a Anne que traz em si a pureza e bondade que aquela época proporcionava as crianças. Mas por dentro trazia características marcantes de uma personalidade forte, tenho certeza que ela teria sido uma figura que iria batalhar com unhas e dentes por causas nobres, principalmente pelos diretos das mulheres, coisa que ela questiona algumas vezes enquanto preenche sua enorme lista de leitura.
Ao desenrolar das páginas é possível ir notando o amadurecimento de Anne com o modo como ela passa a descrever as situações cotidianas, as narrativas consistem em falas sobre a alimentação das duas famílias que vivem na casa (Anne, sua irmã Margot, sua mãe, seu pai e o senhor e a senhora vaan Dan e seu filho Peter,além dos dois gatinhos que cuidam). Ela conta como deixou de lado de uma hora para a outra todas as regalias que possuía como criança e como isso deixou isso pra traz, mas mesmo tão jovem é incrível como ela lida bem com a situação.
Ela era uma criança muito a frente do seu tempo e sem muito spoiler, mas eu acho que ela seria boa demais para o Peter levando em consideração personalidades tão diferentes, a relação que desenvolve com seu pai é invejável, mas as coisas não são tão boas com sua mãe, acho que pode ser explicado pelo excesso de hormônios em um espaço pequeno e em um tempo muito longo.
Pra mim a parte mais triste do livro foi o começo do ano de 1944 e estar pensando que eles chegaram tão perto de estarem livres, eu lia cada uma das páginas com a esperança de que a história fosse mudar e eles conseguissem escapar. Infelizmente não posso garantir uma história feliz, mas com certeza é cheia de conhecimentos e aprendizados.
Ah, eu achei que seria legal compartilhar com vocês como era o Anexo Secreto, local que eles usaram como esconderijo, esse também era o nome que Anne gostaria de dar ao seu diário se pudesse ter publicado pós guerra. Eu sinceramente sinto muito por todas essas vidas perdidas neste período, obrigada por ter se eternizado em nossos corações, pequena Anne.
Nota:
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Ficha Técnica:
Título: O Diário de Anne Frank
Título Original: The Diary of Anne Frank: The Critical Edtion
Autor (a): Anne Frank
Editora: Record
Páginas: 414
Ano de Lançamento: 1989
Sinopse: O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seus diário narra os sentimentos, medos e pequenas alegrias de uma menina judia que, com sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto.
Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tronou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.Agora, seis décadas após ter sido escrito, este relato finalmente é publicado na íntegra, com um caderno de fotos e o resgate de trechos que permaneciam inéditos. Uma nova edição que aprofunda e aumenta nossa compreensão da vida e da personalidade dessa menina que se transformou em um dos grandes símbolos da luta contra a opressão e a injustiça. E consagra O Diário de Anne Frank como um dos livros de maior importância do século XX. Uma obra que deve ser lida por todos, para evitar que atrocidades parecidas voltem a acontecer neste mundo.
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